sábado, 3 de outubro de 2009

Nota de Falecimento


Postado originalmente em 27/09/2005 18:15

"O conjunto de prêmios mais famoso do mundo é o Prêmio Nobel. Concedido para a mais destacada realização nas áreas de literatura, paz, economia, medicina e ciências, eles foram criados há um século por Alfred B. Nobel (1833-1896), um homem que fez fortuna produzindo explosivos; entre outras coisas, Nobel inventou a dinamite.
O que motivou este sueco fabricante de munições a dedicar sua fortuna a homenagear e recompensar aqueles que beneficiaram a humanidade?
A criação dos Prêmios Nobel ocorreu por um acaso. Quando faleceu o irmão de Nobel, um jornal publicou um longo obituário de Alfred Nobel, por engano, acreditando que fora ele a falecer. Assim, Nobel teve uma oportunidade concedida a poucas pessoas: ler seu próprio obituário ainda em vida. Aquilo que ele leu o horrorizou: o jornal o descreveu como um homem que tornara possível matar mais pessoas, mais rapidamente, que qualquer outro que jamais tinha vivido.
Naquele momento, Nobel percebeu duas coisas: que ele seria lembrado daquela maneira, e que não era assim que ele desejava ser lembrado. Pouco depois, ele estabeleceu os prêmios. Hoje, devido ao que ele fez, todos estão familiarizados com o Prêmio Nobel, ao passo que relativamente poucos sabem como ele construiu sua fortuna. O personagem de Shakespeare, Marco Antônio, estava errado: o bem que fazemos permanece vivo depois que deixamos este mundo. Para a maioria de nós, é o legado mais importante que deixamos para trás."
Por Dov Greenberg em www.chabad.org – diretor executivo de Chabad na Stanford University

Bom... nossa vida se passa de uma forma estranha... são histórias engraçadas, problemas inimagináveis, acontecimentos bizarros. Até há pouco tempo não me dava conta de nada disso. Passava a maior parte do tempo como espectador. Apenas qdo resolvi começar a escrever aqui é que passei a dar mais atenção aos pequenos detalhes desse mundo doido... e descobri nisso um ótimo exercício de auto-conhecimento... Na verdade, acho q ue primeiro comecei o exercício e depois resolvi escrever, até p/ não esquecer as coisas q vi e aprendi... Não sei... talvez tenha sido tudo ao mesmo tempo. Há tempos eu fazia questão de ser preciso, de dar os detalhes de tudo, de não faltar com a verdade. Não quero dizer q agora eu minto, senão que não estou tão preocupado em reproduzir fielmente pensamentos que sequer se organizam ou permanecem constantes por mais de alguns segundos...
Tive no domingo uma experiência semelhante a de Alfred Nobel, ainda que em muito menor escala. Não foram assim tantas pessoas que ficaram sabendo da minha "morte". Eu, no entanto, fui um dos que soube desse triste falecimento de um rapaz tão jovem e inteligente. (a norma culta permite-nos tanto dizer "UM DOS QUE SOUBE" quanto "UM DOS QUE SOUBERAM"; apesar de preferir a segunda, optei pela primeira nesse texto, acho q com a intenção de impressionar e fazer vc que lê agora duvidar, e se entrego assim de mão beijada o q passa em minha mente, isso provavelmente revela indícios de Brás Cubas sobre mim neste momento).
Nós nunca sabemos qdo vamos morrer (espero que não seja antes de terminar esse texto) mas a morte ao mesmo tempo que se apresenta tão ameaçadora e imprevisível, tem uma qualidade q nada mais no planeta possui, o fato de q é certa, e portanto, constitui-se na ÚNICA CERTEZA que uma pessoa pode ter na vida, a de que vai morrer.
Não me assusto com isso, não fiquei chateado como Nobel (até porque não pude experimentar a reação de muitas pessoas - graças a Deus) e também não vejo na morte um tabu. Se assim não fosse, provavelmente nem estaria escrevendo sobre isso. Mas não posso negar que pensei na possibilidade. E se realmente tivesse morrido? O que teria deixado? O que diriam honestamente sobre mim? O que realmente todos saberiam ao meu respeito. Dedico então as próximas linhas a dizer algumas coisas sobre mim, nada demais, apenas o que eu gostaria q todos soubessem se isso acontecesse. Não posso ser irresponsável, até porque o q eu digo aqui tende a ser (diferente de mim) eterno, exceto pelo fato de que se ninguém postar em meu lugar por mais de um mês após minha morte, o Flog é automaticamente tirado do ar e todos os posts perdidos p/ sempre. Não sei se seria o caso de imprimir cada post. Realmente não sei. Até porque nem sei bem a utilidade deles... De qualquer forma, julgo importante que o de hoje seja ao menos lembrado após minha morte e que já fique registrado q não estou aqui melancólico ou prevendo minha morte como tanta gente gosta de dizer qdo algo assim acontece. Então q fique claro: Se eu morrer pouco depois de escrever isso (dias, meses, ou anos terá sido MERA COINCIDÊNCIA hehehe... pelo menos eu acho)... Começa aki então, sem mais delongas (até pq é impossível), meu post dentro do post...

O QUE EU GOSTARIA QUE TODOS SOUBESSEM QDO EU PASSAR DESTA PRÁ MELHOR (pelo menos eu acho q é melhor):

1. Q eu estou feliz em ver novamente minha avó... Meu, q saudades...

2. Q em toda a minha vida só amei de verdade um única pessoa e q essa é e será eternamente a pessoa mais importante em minha vida;

3. Q a morte não nos torna bons de uma hora p/ outra. Podem continuar me chamando de chato e implicante sem problema algum...

4. Q meus pais e minha avó foram meus GRANDES, ENORMES, GIGANTES exemplos de vida e, sem querer fazer papel de "o humilde", se fui algo razoável na vida, foi devido a eles;

5. Q sempre acreditei na LUTA, no ESFORÇO, na FORÇA DE VONTADE, na DETERMINAÇÃO e nos SONHOS como motrizes da vida e como as únicas coisas capazes de mudar a mim mesmo e ao mundo;

6. Q realizar sonhos foi meu objetivo de vida. Objetivo mto bem cumprido, diga-se de passagem;

7. Q comecei a escrever 2 ou 3 livros;

8. Q compus diversas músicas q não gravei (se morrer famoso isso pode dar dinheiro p/ alguém :) hehe);

9. Q fiz sim, várias músicas para a pessoa que amo, mas não cheguei a mostrar ou cantar qquer uma delas apenas e simplesmente por não julgá-las à altura dessa pessoa;

10. Q plantei árvores;

11. Q soltei passarinhos;

12. Q acreditava que amor e paixão eram a mesmíssima coisa, desde q se amasse a pessoa certa (como eu fiz)

13. Q, já q não me tornei santo, fui embora sentindo raiva e profundo desprezo por algumas pessoas. Algumas das quais provavelmente até se dirigiram ao velório. Se eu pudesse voltaria p/ puxar o pé desses aí... ah! se voltaria!

14. Q odiei verduras e legumes mesmo, mas nunca deixei de defender a natureza por causa dessas diferenças;

15. Q teria passado a vida toda comendo apenas massas e chocolate;

16. Q ninguém, absolutamente NINGUÉM, me deve qualquer pedido de desculpas por qquer coisa q tenha dito ou feito. Então nada de ficar c/ peso na consciêcia...

17. Q eu fui sem ter q pedir desculpas a NINGUÉM. Sempre fui honesto em minhas palavras e sentimentos. Se alguém não gostou de algo q fiz ou disse, ou é porque não entendeu a intenção real, ou é pq a intenção real era exatamente q não gostasse, o q de qquer forma me exime de ter q pedir desculpas. Ou foi sem querer, ou foi de propósito.

18. Q, se eu tiver algum dinheiro, usem como quiserem: gastem, comam, mas não esqueçam de dar uma boa ajuda a alguém...

19. Q p/ mim tá tudo certo, afinal a morte é certa p/ todo mundoe nada pode evitá-la, talvez apenas dar uma atrasadinha sem mta importância;

20. Q realmente não gostaria q chorassem por muito tempo. Nem os parentes e nem os amigos, até pq estarei esperando por todos em breve hehehe...

E se alguém teve paciência de ler até aki, perdoe pelo post imenso e fúnebre, mas a situação foi ao menos propícia hehehe... Ah! E gostaria que a minha lápide fosse engraçada tb... Com alguma frase divertida, sei lá... quem ficar q se vire p/ inventar alguma coisa... eu já contei mta piada na vida hehehehe...

Comentários
(29/09/2005 16:08) Luca: Cello... Cello... Cello... CELLO!!! Tu tá vivo, menino?

E tá, tá... eu já sei que eu sou a pessoa que você amou e patati-patatá. Chega de declarações públicas, sweetie! Daq

1) Põe assim na sua lápide: "Viveu e foi feliz". Nada de piadinhas, apenas a verdade. ;)

2) Ou você é BURRO ou eu não sei me expressar (hihihihohoho). Você dá o pão. Eu dou o circo. Dou o circo porque SEMPRE tem alguém que interpreta mal meus comentários aqui. Dããã!

Eu sei que a carapuça num era pra mim, mas se eu não vestir, qual é a graça? Alguém tem que tirar satisfação, oras!

Beijos mil, maiores saudades! (deletar)

(29/09/2005 16:10) Luca: Continuando, porque isso aqui é uma bosta e meu comentário sempre sai faltando uma frase:

**Primeiro parágrafo, linha dois**

Daqui a pouco terei que te mostrar (infelizmente) que não foi você o amor da minha vida. PERDOE-ME! Mas não mandamos no coração...

NÃO SE VÁÁÁÁÁÁ...
NÃO SE VÁÁÁÁÁÁ... (deletar)

(30/09/2005 02:02) Dani Faccioni: E aí Marcelo?td certinho?Veja vc que até pra mim ligaram pra saber se tu ta vivo!!!Olha tem uma coisa que eu queria te dizer antes de vc bater as botas, aliás duas coisas:
1)Me diz onde vc guarda seus livros começados?do jeito que vc escreve, eles certamente renderiam um bom dinheiro..rsrsr
2)Queria q vc me ensinasse como faz pra ter certeza que um amor vai durar pra sempre(de verdade eu quero aprender), se a gente pudesse controlar este sentimento...vc não tem medo de perder este amor?outro amor pode surgir tanto pra vc qto pro seu amor..como uma tempestade inesperada,inevitável..e c ainda ssim continuar a acreditar que é pra sempre.. me ensina como?é sério!!!eu naum to zuando..rs..vc sabe q eu amo o seu amor(de uma maneira bem diferente da sua é claro...)q me preocupo e q torço o tempo todo por ela ,q tem o maior coração q um ser humano pode ter, uma bondade infinita e uma teimosia q naum tem limite..rs..alguém q merece realmente algo mto especial, q faz o mundo melhor por existir (deletar)

(30/09/2005 02:03) Dani Again: Enfim..não morra antes de me dizer estas duas coisas..ok?bjos...vale lembrar que a admiração, q o seu amor tem por vc me fez estar aqui agora lendo todos os seus textos..

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